A crença na matéria e a crença na Vida (Divina, Eterna): uma questão crucial para a cura real das doenças e dos sofrimentos
No livro A Verdade da Vida, vol.1 página 66 o mestre Masaharu Taniguchi menciona que ...."a ciência materialista nos últimos tempos, chegou a atingir uma fase de predominância absoluta". Isso ocorreu principalmente devido à física clássica, porém já em sua época, a física quântica despontava para outro sentido, o de que a matéria não é realmente "algo que tenha forma, que seja sólida...
Hoje muitos físicos renomados no mundo afirma que a nem ciência sabe realmente como surgiu o Universo. A teoria do Big-Bang(a grande explosão) é só uma metáfora sobre o estado do cosmo há 20 bilhões de anos, diz o astrofísico canadense, Hubert Reeves. E o brasileiro Rogério Rosenfield, doutor pela universidade de Campinas e Chicago relata que o universo é formado de aproximadamente: 5% de átomos, 30% de uma partícula elementar desconhecida e 45% de um meio difuso desconhecio (que o mestre Masaharu chamava de éter em sua época).
O que o mestre Masaharu queria nos chamar a atenção, na realidade, era que o maior obstáculo para uma pessoa se curar de uma doença ou se livrar de um sofrimento qualquer é a crença que ela tem, em geral, de que a doença possui um subtrato material irremovível. Ou seja, de que se precisa "matar" bactérias (algo supostamente material) com antibióticos, ou inflamações com anti-inflamatórios, ou cânceres com quimioterapia e radioterapia, ou cirurgias... etc.
E quantos de nós pensamos rotineiramente, sem mesmo nos darmos conta, que se estamos perto de alguém com gripe, pegaremos o "virus" da mesma? Se sairmos ao vento, poderemos ficar gripados, poderemos ser picados por mosquitos que transmitem doenças, e diversas outras crenças de que existe algo "material" que nos causará doença ou sofrimento.
Mestre Masaharu também disse na página 66 deste livro:
- Espero que os seguidores da Seicho-No-Ie sejam metaphysicians, porém, no sentido de "pessoas que vivam a filosofia" ou "pessoas que apliquem a filosofia na vida prática".
Um metafísico é um "filósofo" que conhece os princípios que antecedem o aparecimento da matéria, isto é, que compreende fundamentalmente questões de extrema complexidade tais como: Como surgiu a matéria neste mundo? Qual a relação entre mente e matéria? A matéria existe aparentemente, mas não seria a matéria projeção de nossa mente? Sem esta compreensão não será possível solucionar totalmente a questão das doenças que aparecem no corpo que a primeira vista é feito de matéria chamada carne, afirma o mestre.
Por que esta Verdade é tão difícil de ser compreendida?
A matéria não existe. Ela é apenas projeção de nossa mente!
Os budistas já sabem disso há milênios, e até alguns ocidentais já fizeram filmes sobre isso, como A Matrix, por exemplo...E filósofos importantes como Platão, que nos explicou que a matéria é projeção de nossa mente há mais de 2500 anos atrás, através de seu Mito da Caverna, no livro VII, da República. Esta metáfora de Platão descreve a situação geral da humanidade, que parece "condenada" a ver as sombras projetadas à sua frente e torná-las como verdadeiras.
"Platão viu a maioria da humanidade condenada a uma infeliz condição. Imaginou (no Livro VII de A República, um diálogo escrito entre 380-370 a.C.) todos presos desde a infância no fundo de uma caverna, imobilizados, obrigados pelas correntes que os atavam a olharem sempre a parede em frente.
O que veriam então? Supondo a seguir que existissem algumas pessoas, uns prisioneiros, carregando para lá para cá, sobre suas cabeças, estatuetas de homens, de animais, vasos, bacias e outros vasilhames, por detrás do muro onde os demais estavam encadeados, havendo ainda uma escassa iluminação vindo do fundo do subterrâneo, disse que os habitantes daquele triste lugar só poderiam enxergar o bruxuleio das sombras daqueles objetos, surgindo e se desafazendo diante deles.
Era assim que viviam os homens, concluiu ele. Acreditavam que as imagens fantasmagóricas que apareciam aos seus olhos (que Platão chama de ídolos) eram verdadeiras, tomando o espectro pela realidade. A sua existência era pois inteiramente dominada pela ignorância (agnóia)"
Se por um acaso, segue Platão na sua narrativa, alguém resolvesse libertar um daqueles pobres diabos da sua pesarosa ignorância e o levasse ainda que arrastado para longe daquela caverna, o que poderia então suceder-lhe? Num primeiro momento, chegando do lado de fora, ele nada enxergaria, ofuscado pela extrema luminosidade do exuberante Hélio, o Sol, que tudo pode, que tudo provê e vê.
Mas, depois, aclimatado, ele iria desvendando aos poucos, como se fosse alguém que lentamente recuperasse a visão, as manchas, as imagens, e, finalmente, uma infinidade outra de objetos maravilhosos que o cercavam. Assim, ainda estupefato, ele se depararia com a existência de um outro mundo, totalmente oposto ao do subterrâneo em que fôra criado.
O universo da ciência (gnose) e o do conhecimento (espiteme), por inteiro, se escancarava perante ele, podendo então vislumbrar e embevecer-se com o mundo das formas perfeitas.
O mestre Masaharu Taniguchi tão amorosamente procurou em sua vida nos auxiliar a despertar para esta Verdade que ele compreendeu.
Ele dizia que seria melhor fazer como os budistas já fazem, chamar a substância "desconhecida" que preenche o Universo de nada, de vazio (vacuidade, não-substancialidade).
"Tudo se desenvolveu a partir desse vazio ou nada e do "nada" surgem todos os fenômemos.!"
Vivemos nos utilizando diariamente deste "nada" para projetar nossas realidades. No entanto, diz o mestre, pensamos não existir aquilo que existe (o nada) que não conseguimos ver, e cremos existir aquilo que conseguimos ver (a matéria), mesmo que originalmente não exista, como a ciência moderna já provou!
E esta crença errônea tem feito a humanidade sofrer, se debater, projetando na "tela da vida" um mundo de sofrimentos criado por sua própria mente.
- Foi por este motivo que comecei a explanar esse assunto, desejando salvar a humanidade desses sofrimentos, disse Masaharu.
Que coração generoso e compassivo!
Muito obrigada mestre Masaharu!!!
Você já refletiu melhor sobre esta questão da inexistência da matéria?
ResponderExcluirMuito Obrigada! Beijos , Mara
ResponderExcluirDe nada!!! É um prazer dividir tanto aprendizado divino...
ResponderExcluirVocê já refletiu melhor sobre esta questão da inexistência da matéria?