A CURA PARA
TEMPERAMENTOS DIFÍCEIS [A
Verdade da Vida vol 1 cap VI pag 175]
Pela nossa experiência, a doença, mesmo que seja uma doença séria, é fácil de se curar, mas o
temperamento é relativamente mais
difícil de ser curado que a doença. Ao considerar a razão disto, verificamos
que em relação à doença, geralmente
existe no homem uma convicção de que a doença
não é a sua essência e que originalmente
ele era saudável. Além disso, existe um “desejo ardente” de curar, a
todo custo, aquela doença. Esta
“convicção” e este “desejo ardente” exercem grande ajuda do ponto de vista de cura da doença. Porém,
quanto ao defeito de temperamento ( com exceção
das pessoas que tem grandes senso
e autocrítica) nem ao menos percebe que possui defeitos ou não. Está satisfeito, atribuindo uma baixa
cotação em relação ao seu eu verdadeiro (o qual é filho de Deus),
pensando,presunçosamente, que é Filho de Deus mesmo com este temperamento de
baixo nível. Por isso, nem pensa em
querer mudar o defeito do seu temperamento e engana a si próprio num nível inadequado; e é fácil
que descambe a um pensamento errado de que não há para ele, campo para maior
elevação. A isto se dá o nome de orgulho ou presunção e se torna um sério
obstáculo para a ascensão da
personalidade. Diz-se desde tempos remotos, que justamente as pessoas de
elevadas virtudes, aquelas que são
chamadas santas, sentem mais
acentuadamente a profundidade de suas falhas e pecados; isto porque elas
atribuem a si o justo valor ( ‘sem descontar um tostão’) correspondente ao “eu
real”, e percebem que o seu “eu” atual é ainda o “falso eu”, que não atingiu o
valor verdadeiro. Entretanto, a pessoa que não tem autocrítica, fica presunçosa de ter atingido o elevado valor
verdadeiro do “eu real”, mesmo estando com a personalidade indesejável do “eu
atual”. Estas pessoas não compreendem
que o “Eu” verdadeiro é o “eu sou
Filho de Deus”. Se lhes dissermos: “respeitem o próprio eu”,elas jamais alcançam
a convicção correta, porque estão até depreciando o seu “Eu real”; por
isso, aceitarão somente o que lhes diz o
imperfeito “falso eu”, sentir-se-ão auto-suficientes mesmo com os defeitos e estarão vangloriando-se, depreciando o “Eu
real”. Pessoa que atribui um alto valor
ao “Eu real”, i.é, pessoa que conhece verdadeiramente a essência do Eu deve ser aquela que prossegue na ascensão
diária, analisando-se constantemente, convencida de que no estado atual não
alcançou ainda o Eu verdadeiro, e que existe à frente de si o campo para se
elevar o quanto quiser. [Masaharu
Taniguchi}
Colaboração: Eduardo Casanova
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